Num dia quente de verão, uma cigarra despreocupada passava o tempo cantando alegremente à sombra de uma árvore.
Suas melodias ecoavam pelo campo, celebrando o calor e a abundância da estação.
Enquanto isso, uma formiga trabalhadeira se esforçava sem parar, carregando grãos e armazenando-os em seu formigueiro subterrâneo.
A cigarra reparou no trabalho incessante da formiga e gritou:
– Por que se matar de trabalhar sob esse sol escaldante? Vem relaxar comigo! Vamos aproveitar a vida enquanto dá!
A formiga parou por um instante, enxugando o suor da testa.
– O inverno está chegando, respondeu. – Se eu não me preparar agora, vou passar fome quando o frio chegar. Você devia fazer o mesmo.
A cigarra riu.
– O inverno está muito longe! Ainda dá tempo de cantar e dançar!
E assim, continuou sua canção alegre, ignorando o conselho da formiga.
Os meses passaram. As folhas ficaram douradas, o vento ficou gelado, e a neve cobriu a terra.
A cigarra, agora faminta e tremendo de frio, encontrou o mundo ao seu redor desolado — sem comida, sem abrigo.
Desesperada, arrastou-se até o formigueiro e bateu de leve.
– Por favor, me dê um pouco da sua comida! suplicou a cigarra. Vou morrer de fome!
A formiga espiou para fora. – O que você fez o verão inteiro enquanto eu trabalhava? perguntou com severidade.