ÍNDICE
O Ritmo Tranquilo de Tita
Era uma vez, em um campo florido, uma tartaruga chamada Tita. Tita não era uma tartaruga qualquer. Ela era conhecida por sua sabedoria e calma.
Enquanto os outros animais corriam apressados, Tita andava devagar, aproveitando cada passo. Para ela, o importante não era chegar logo, mas aproveitar o caminho.
Todos os dias, Tita passeava pelo campo, observando as flores coloridas, escutando o som dos passarinhos e sentindo a brisa fresca do vento.
Ela adorava sua rotina tranquila e sabia que, no tempo dela, tudo aconteceria da melhor forma possível.
Encontro com o Vento
Um dia, enquanto passeava perto da árvore mais alta do campo, Tita encontrou o Vento. Ele estava soprando rápido e forte, fazendo as folhas dançarem no ar.
O Vento, animado e apressado, se aproximou de Tita, que estava deitada sob uma sombra, e disse:
— Olá, Tita! O que está fazendo por aí tão devagar? Venha, vamos correr! Vou te mostrar como o mundo é mais divertido quando se apressa!
Tita, com um sorriso gentil, respondeu:
— Oi, Vento! Estou apenas aproveitando o momento. Não tenho pressa. Cada coisa tem seu tempo.
O Desafio
O Vento deu uma risada.
— Você nunca tem pressa? Vamos! Sinta a velocidade! Quando você vai mais rápido, consegue ver tudo com mais clareza! Vamos correr juntos!
insistiu o Vento, soprando mais forte para convencer Tita.
Tita, tranquila, disse:
— Não preciso correr, Vento. Eu gosto de andar devagar, aproveitando cada passo, cada folha que cai, cada nuvem que passa.
O Vento, sem entender como alguém podia gostar de ser tão devagar, lançou um desafio:
— Que tal uma corrida? Quem chegar primeiro ao final do campo ganha! Eu sou o Vento, corro muito rápido. Vai ser fácil para mim!
Tita, serena, respondeu:
— Ok, Vento, vamos fazer isso. Mas lembre-se: eu ando no meu ritmo. Não se apresse por mim.
A Corrida
O Vento se preparou, soprou forte e saiu correndo com uma velocidade impressionante.
Passou por árvores, flores e animais que descansavam, mas estava tão apressado que não percebeu as borboletas dançando nem as pedras bonitas pelo caminho.
Tita, por sua vez, começou a andar devagar. Observava as flores, sentia o cheiro das árvores e ouvia os passarinhos.
Cada passo seu estava em harmonia com a natureza. Não se preocupava com a velocidade, pois sabia que seu ritmo era único.
Enquanto o Vento corria, começou a se cansar. Passou por caminhos apertados e rochas que o faziam desviar, mas não conseguia parar de se apressar.
Tita, com paciência, seguia em seu ritmo constante, aproveitando cada detalhe do caminho.
A Chegada
Quando o Vento chegou ao final do campo, estava ofegante e muito cansado. Percebeu que, por estar tão apressado, não havia notado as flores, as borboletas coloridas e a beleza ao redor.
Tita chegou logo depois, tranquila e feliz. Havia visto todas as maravilhas que o Vento não tinha percebido.
Para ela, o que importava era aproveitar o momento, não quem chegaria primeiro.
O Vento, admirado, disse:
— Uau, Tita! Você tem razão! Corri tanto, mas não percebi tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Você é incrível! Não sabia que viver devagar podia ser tão especial!
Tita respondeu, com um sorriso suave:
— Às vezes, Vento, a pressa nos faz perder coisas bonitas. Cada um tem seu ritmo. O importante é respeitar o tempo de cada um e aproveitar o que a vida oferece no momento certo.
A Lição
A partir daquele dia, o Vento aprendeu a ser mais paciente e a apreciar a beleza ao seu redor. Ele e Tita tornaram-se grandes amigos.
Sempre que passava por ela, o Vento diminuía a velocidade para que pudessem conversar e apreciar juntos o campo florido.
Moral da história
Às vezes, é importante respeitar o ritmo dos outros e ter paciência. Cada um tem seu tempo e seu jeito de viver a vida, e é isso que torna tudo mais bonito.